domingo, 25 de novembro de 2012

LOJA MAÇÔNICA SALOMÃO 0021 GOB-RJ. A LOJA DOS OURIVES .

Desde o início da colonização, a prata ocupa lugar destacado na sociedade brasileira por ser o metal preferido para a ornamentação de casas e igrejas. Mas não existem jazidas de prata no país, o que faz com que ela seja trazida do México, da Espanha e do Peru e trocada no Brasil por tecido, açúcar e também por escravos africanos. A cidade de Salvador é, durante muito tempo, o principal centro brasileiro do comércio de prata, que atinge o seu ápice no século XVII. Uma vez no país, a prata é trabalhada por ourives portugueses e por brasileiros que aprendem o ofício. Os modelos lusitanos de ourivesaria são fielmente seguidos e copiados durante os séculos XVII e XVIII, o que dificulta a identificação de um estilo nacional próprio, segundo os especialistas.
De qualquer modo, sinais do surgimento de uma ourivesaria brasileira original começam a ser notados, em boa medida devido ao grande número de ajudantes escravos ou negros libertos nas oficinas (cabe observar que os negros islamizados do Alto Sudão que chegam ao país conhecem os processos de fundição de metais). Os ourives nacionais acabam por criar objetos que passam a ser considerados típicos, como a cuia de chimarrão, os cabos de rebenques, os arreios, esporas e caçambas, além das famosas pencas de balangandãs. Levadas junto ao corpo, presas a uma corrente, as pencas reúnem objetos de metal com formas variadas, agrupados numa base denominada "nave" ou "galera": moedas, figas, chaves, dentes, romãs, cocos de água etc. Os elementos que compõem as pencas de balangandãs são reunidos em função de seus sentidos mágicos e rituais. São talismãs e amuletos que afastam "mau-olhado", que trazem sorte, que "abrem portas e caminhos", ou que indicam "fartura", "riqueza" etc.
A expansão da ourivesaria nacional pode ser aferida numericamente. Se na primeira metade do século XVII, a capital da Colônia conta com cinco ou sete ourives - dentre eles o célebre Francisco Vieira, conhecido como Fanha -, no final do século, eles já são 25. No ano de 1766, há mais de 158 oficinas nas principais cidades brasileiras.
O crescimento da ourivesaria no Brasil é acompanhado por tentativas de controle dessa produção. As autoridades tomam diversas medidas fiscalizadoras, como o Alvará de 1621 que determina que nenhum mulato, negro ou índio, mesmo liberto, pode exercer o cargo de ourives. Um pouco mais tarde, a Carta Régia de 30 de julho de 1766 - que vigora até o Alvará de 1815 - proíbe o exercício da ourivesaria, na tentativa de impedir, indica a museóloga Mercedes Rosa, "os abusos que os ourives praticavam, com prejuízo do Erário Real, mas também tudo que dizia respeito à lesão do quinto do ouro". As diversas regulamentações, entretanto, não impedem a realização clandestina do ofício, responsável pela maior parte das obras executadas.

Texto original com o título da Ourivesaria Colonial Brasileira´-  Enciclopédia de Artes Visuais do Itaú Cultural - São Paulo - Brasil.

A A:.R:.L:.S:. Salomão 0021 do GOB-RJ, desde o século XIX ficou conhecida como a Loja dos Ourives.Tradição esta que se mantem até os dias de hoje, pois sempre tem entre seus obreiros irmãos que permanencem vivo este difícil e complexo ofício que seguindo a tradição maçônica nada mais é que um exercício constante no trabalho de tirar o mais belo da pedra bruta, neste caso própriamente dito. 


Afinete de Lapela - Loja Maçônica Salomão 0021 RJ

Alfinete de Lapela- Estandarte da Loja Salomão 21 RJ.
Ouro Amarelo 750 - 18 Kts -ano de realização 2012.
contrastado e com a marca do artista joalheiro
Ricardo Barradas , RJ, Brasil.